Written by
Alec Whitten
Published on
17 January 2022

Telas na infância: os riscos do excesso e como construir uma rotina mais saudável

O uso de telas faz parte do dia a dia das crianças, mas quando passa dos limites pode trazer impactos no desenvolvimento, no sono e até no comportamento. Neste artigo, você vai entender os principais malefícios do excesso de telas, qual é o tempo recomendado por idade e como pequenas mudanças na rotina podem transformar a relação das crianças com a tecnologia.

Celulares, tablets, TVs, computadores, as telas fazem parte do nosso cotidiano e, inevitavelmente, também da infância. Elas oferecem entretenimento rápido, prendem a atenção com facilidade e, muitas vezes, são uma válvula de escape para adultos sobrecarregados. Mas é preciso cuidado: o uso excessivo de telas por crianças pode trazer impactos reais no desenvolvimento, no comportamento e na saúde emocional.

A boa notícia é que é possível equilibrar o uso das telas com outras experiências mais ricas e saudáveis. E esse equilíbrio começa com informação e pequenas mudanças na rotina.

Quais os malefícios do uso excessivo de telas?

O uso prolongado e sem supervisão pode prejudicar áreas importantes do desenvolvimento infantil, como:

• Atenção e concentração: o ritmo acelerado dos vídeos e jogos pode dificultar o foco em atividades mais lentas, como leitura ou tarefas escolares.
• Desenvolvimento da linguagem: crianças pequenas precisam de interação humana para aprender a falar. O excesso de telas reduz o tempo de conversas reais, prejudicando a linguagem.
• Sono desregulado: a luz azul das telas interfere na produção de melatonina, o hormônio do sono, dificultando o adormecer e a qualidade do descanso.
• Comportamentos agitados ou irritabilidade: estímulos intensos e constantes podem deixar a criança mais impaciente e agressiva.
• Sedentarismo: menos movimento, menos brincadeiras ativas, maior risco de problemas físicos a longo prazo.

Qual é o tempo ideal de tela?

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda:

Até 2 anos: nada de telas, nem mesmo passivamente.
De 2 a 5 anos: no máximo 1 hora por dia, sempre com supervisão e conteúdo de qualidade.
De 6 a 10 anos: uso moderado e com acompanhamento, evitando que as telas substituam interações sociais, brincadeiras ou sono.

Como reduzir o tempo de tela na prática?

Não precisa de uma mudança radical de um dia para o outro. Pequenas ações consistentes já fazem diferença:

1) Crie uma rotina previsível e rica em outras atividades
Crianças respondem bem à rotina. Inclua horários fixos para brincadeiras livres, leitura, banho, refeições e descanso. Quando o dia é bem preenchido, as telas deixam de ser o “único plano”.

2) Dê o exemplo
Se os adultos estão o tempo todo no celular, a criança vai imitar. Reduzir o uso de telas na frente dos pequenos é um grande passo.

3) Use telas de forma intencional e com propósito
Escolha programas educativos, assista junto, comente, converse. Transforme o momento em algo interativo, e não apenas passivo.

4) Estabeleça zonas sem telas
Evite telas à mesa, durante refeições ou momentos de convívio. O quarto também deve ser um espaço livre de tecnologia, principalmente à noite.

5) Ofereça alternativas concretas e atrativas
Brinquedos simples, livros, jogos de tabuleiro, massinhas, tintas, músicas e brincadeiras ao ar livre são ótimas opções para ocupar o tempo de forma criativa.

Brincar, conversar, imaginar: isso sim transforma

Telas podem ser aliadas quando usadas com equilíbrio e intencionalidade. Mas nada substitui a presença, o afeto e as interações reais. É nessas experiências que a criança desenvolve empatia, criatividade, linguagem e autonomia.

Aqui na Clínica Pequenos Grandes, acreditamos no poder do brincar e da convivência como ferramentas essenciais para o crescimento saudável. Se você sente que o uso de telas está se tornando um desafio na sua casa, nossa equipe está pronta para acolher, orientar e ajudar a construir novos caminhos.


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